terça-feira, 27 de novembro de 2012

Seraphina by Rachel Hartman

Desde que me foi apresentada a fantasia urbana, mais precisamente, a partir da saga Sookie Stackhouse - Sangue Fresco em português - que me afastei da dita fantasia pura, ou fantasia épica, como queiram chamar.

Antiga fã incondicional de Juliet Marillier, dei por mim a preferir um mundo com vampiros a dormirem em caves, dragões conduzidos em limousines e com quartos à prova de fogo, feiticeiros incompatíveis com tecnologia moderna e shapeshifters mecânicas, com sentido de humor particular, e que usam carros em estado de decomposição avançado para provocar o vizinho lobisomem.

Talvez seja preguiça mental para imaginar mundos estranhos. Talvez seja a vertente de romance paranormal. Talvez sejam as cenas de sexo. Talvez seja a independência, ou capacidade de kick-ass da heroína da história. Talvez seja tudo isso e mais um par de botas.

E eis que aparece Seraphina, e pela mão de Rachel Hartman dou por mim a ser transportada para o reino mágico de Gorett, maravilhosamente construído, tendo como ponto central um tremido tratado de paz entre humanos e dragões, e uma conspiração para acabar com a dita paz. Fez-me pensar várias vezes em temas como a caça às bruxas de Salém, preconceito,  discriminação, xenofobia... enfim... medo do que é diferente, e perseguições para combater esse medo.

Pontos Positivos:
- O world-building
- A solidez da escrita
- As personagens - carismáticas, robustas, cumprem o seu papel na perfeição, levando o leitor a odiá-los ou acarinhá-los, consoante as acções que desempenham.
- Os dragões são seres extremamente matemáticos e organizados, em que a ordem das coisas é algo fundamental para o seu raciocínio lógico, não entendendo as emoções humanas, são considerados seres sem alma. Conseguem assumir forma humana, e, de acordo com as leis do tratado, são obrigados a usar esta forma em território que não seja seu, usando um sino ao pescoço, que permite que os humanos os conheçam. Este "usar" de forma humana traz como consequência estarem sujeitos às emoções, mas, como seres racionais que são, resolvem esse problema submetendo-se regularmente ao processo de excisão de memórias.
- A história - simplesmente fabulosa
- O jardim mental da Seraphina - a construção do mesmo está muito bem conseguida, e as várias camadas de protecção fazem lembrar o inception.

Pontos negativos:
- Os santos, ou melhor, o excesso deles.
- A auto-piedade da Seraphina
- A história de amor. OK, histórias de amor à primeira vista não são estranhas, mas esta tem a química dum copo de leite morno.
- Os poderes dos half-breeds. Não deixa de ser irônico que os offsprings de relações ilegais, acabem por ser mais poderosos do que os que lhe deram origem.
- A "submissão" dos dragões. Eu não percebo, a sério que não percebo. Como raio é que os dragões se sujeitam a serem humilhados - andar com um sino ao pescoço que nem leproso? A sério? - e a serem restritos por seres que em teoria são inferiores é algo que me transcende.
- O facto dos dragões arderem. E eu que pensava que pele de dragão era resistente a quase tudo, principalmente ao fogo, mas enfim...

O final deixou-me meio como o melhoral, mas curiosa com o futuro da história. Mais uma série a seguir.

Classificação: 


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

The Rook by Daniel O'Malley

Cada vez que penso em escrever a opinião do The Rook, começo a torcer as mãos sem saber muito bem por onde começar, e acabo sempre por desistir. A sério, tenho a entrada em modo draft desde o dia em que o terminei de ler, totalmente em branco à excepção do título do post. 

O conflito de ideias que o livro me prova é de tal ordem, que por mais que tente não consigo arranjar fio condutor para um texto decente. Mesmo agora, estou para aqui a debitar palavras, meio a medo e a "encher chouriços" enquanto o cérebro tenta (e falha redondamente) organizar as ideias, resta apenas escrever de improviso, e ver o que sai, pode ser que seja alguma coisa de jeito, ou talvez não, mas de hoje não passa.


O ponto de partida: Myfawny Thomas, a segunda, acorda no meio do nada, num dia de chuva torrencial, com ar de quem foi vítima dum ataque severo de violência domêstica, sem fazer ideia de quem é, rodeada de pessoas mortas, todas elas a usar luvas de latex, e com dois envelopes numerados dentro do casaco. A carta contida no envelope número 1 tem, o melhor começo que alguma vez vi num livro: 

"Dear You
The body you are wearing used to be mine" 

A partir daqui descobrimos que Myfawny Thomas sofreu um "apagamento total" das suas memórias, pertence a uma organização secreta de pessoas com talentos especiais - uma mistura entre M6 e X-Men - onde tem o título de Rook (torre), e que o atentado à sua pessoa veio de dentro da direcção da mesma (2 Torres, 2 Cavalos, 2 Bispos, 1 rei e 1 Rainha), restando-lhe duas opções 1)Fugir e criar uma nova identidade, e começar do zero - tarefa facilitada pelo facto de não saber quem é ou 2)Assumir a sua antiga identidade e tentar desvendar quem é o traidor, e o porque da terem escolhido como alvo.

O que achei: Um verdadeiro page turner. Não houve um instante em que tivesse de parar, e que achasse "vou fazer uma pausa". Não, o livro prende-nos até à última página, e cada capítulo traz mais perguntas do que respostas, a forma inovadora com que a história e a personalidade da protagonista antes e depois de perder a memória nos é revelada, é extremamente apelativa, apesar dos momentos "Dear You", a meio duma cena dramática por vezes me fazerem querer pontapear alguém, principalmente quando a carta não nos vem trazer nenhuma adição ao referido momento.

Gostei particularmente do facto da nova Myfawny ter tantas falhas ao nível de agente secreto. O que torna a história mais credível, pois apesar da old Myfawny ter tido treino de elite, a nova, tendo perdido a memória, apenas tinha o instinto, e a pastinha das informações, cuidadosamente compilada pela old Myfawny quando se apercebeu de que iria ser "apagada".

Apesar de ter demasiadas conspirações para o meu gosto - dei por mim a não confiar em nada e ninguém do que se passava, o livro manteve o meu interesse até ao fim, e deixou interrogações suficientes para justificar uma sequela, que a surgir, embora não a agarre assim que sair, vou de certeza lê-la.

A título de curiosidade, falta apenas referir que o The Rook tem como cenário o Reino Unido, usa hábitos Americanos, e foi escrito por um Australiano.

Classificação: 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Alice in Zombieland by Gena Showalter

Quando vi o título pensei, yeah, claro, em vez de termos o país das maravilhas, a Alice vai andar a matar zombies juntamente com o Chapeleiro Louco e o Coelho Branco - nope, nada mais longe, a protagonista chama-se Alice, o nome dos capítulos fazem referência ao clássico de Lewis Carroll, e uma nuvem com a forma de um coelho branco aparece no céu, como presságio de más notícias.

Aparentemente, Alice é uma adolescente como as outras. Com um pequeno senão: o pai dela acredita em monstros que vivem em cemitérios e saem à noite à procura de vítimas - o seu estado de loucura é tão grande, que a família inteira tem de estar em casa, em segurança, antes do anoitecer, sem excepções. Até o dia em que Alice faz 16 anos, e, usando como argumento o facto de mais uma vez os pais se terem esquecido do seu aniversário, consegue que a família inteira vá assistir ao recital de dança da irmã mais nova.

No regresso a casa, ao passar pelo velho cemitério, o pai de Alice sofre um ataque de pânico, causando um acidente de automóvel. Quando o carro para de rebolar, e Alice recupera os sentidos, descobre duas coisas, é a única sobrevivente do acidente, e começa a ver monstros.

Pontos Positivos: 
- O ritmo da história. Não temos aquele despejar de informação do tipo "Monstros existem-coisas sobrenaturais também-tu és uma slayer-engole e começa a matar tudo o que mexe à noite". Pelo contrário, depois do trauma, vemos Alice tentar racionalizar uma explicação para o que viu, e questionar se a "doença" do pai não será hereditária quando deixa de conseguir explicações evidentes.
- O vilão da história. Não direi que estou a perder qualidades, mas não tinha posto a hipótese de quem poderia estar por detrás de tudo.
- Os avós da Alice. O papel deles na história é fabuloso. 

Pontos Negativos:
- O teenager school drama. Ou sou eu que estou sem paciência, ou a realidade das escolas americanas é muito fútil - um pedaço dos dois, eu diria.
- As visões.
- A conspiração para usar os zombies como arma - não tenho palavras.
- A Kat - demasiado conveniente. Demasiado.... nem sei descrever, não me convenceu, pronto.
- A facilidade com que os adultos aceitam um grupo de jovens lutar contra monstros e salvar o mundo, não faz sentido, uma vez que os adultos também os conseguem ver.
- A prepotencia do Cole - qual Edward, qual Christian, este é tudo isso, e ainda tem ar de serial-killer.
- A rivalidade entre Cole e Justin - ok, existe uma história entre os dois, mas não podem passar 2 minutos no mesmo sítio sem desatarem ao murro? Jeeezzzz...

Pontos NIM:
- Os espiritos Zombies. Em vez dos zombies normais, que se alimentam de orgãos dos vivos, estes são espíritos maléficos, que são atraídos pelo medo, alimentam-se não dos orgãos internos, mas do bem do espírito, e não podem ser combatidos no reino mortal - os slayers têm de separar corpo e espírito, para os poderem atingir.
- Os poderes fabulásticos da Alice.
- A relação entre o Cole e a Alice - demasiado intensa para um YA
- O Justin - vira-casacas por excelência, que papel vai ter no próximo livro - expero que algo mais do quie saco de pancada do Cole.

O próximo volume tem o nome de Through the Zombie Glass, está previsto sair em 2013. Fico à espera.


Classificação: 

Back to the book's magic

De vez em quando aparece um daqueles livros que se revela uma grande surpresa. Quando o li, achei-o fantástico, agora que passei para o segundo volume e analisei melhor, estou completamente fascinada.

Uma das minhas quotes preferidas:

"Wishes are false. Hope is true. Hope makes its own magic."


Ao ler as reviews do primeiro, tropecei numa que transmite exactamente o que a leitura do segundo me está a fazer:

"It is magical, I’m pretty certain that it is. It has the power to transport you to the streets of Prague. It has the power to turn you to an empath, linking yourself to the main character’s feelings. It has the power to make you leave reality behind, no matter how pressing it might be. It has the power to make you believe in fairy tales again, the way you did when you were little. This book has the power of Christmas."

terça-feira, 6 de novembro de 2012

The Undead In My Bed anthology, Katy MacAlister, Molly Harper, Jessica Sims


Antologia de contos de romance paranormal, com temática de vampiros. Parece ter o meu nome escrito, certo? Nem por isso, até ver o nome da Katie MAcAlister, e depois de ver o resumo e descobrir que a short story era sobre a Noelle, sim, finalmente a simpática e competente guardiã de portais para Abbadon iria ter o seu tão aclamado HEA. Assim que lhe deitei as mãos não descansei enquanto não a terminei. E, já que estava numa boa onda, porque não ler o resto? 

“Shades of Gray” by Katie MacAlister -  Um reality show sobre ghost-busters assenta arraiais num castelo dito assombrado. Aqui Noelle, que servia de consultora em fantasmas conhece finalmente o seu Dark One e tem o seu HEA, não sem antes desvendar os segredos dum gato imortal, fazer as pazes com os fantasmas do passado e acertar contas com um dos demon lords de Abbadon.

"Unded Sublet" by Molly Harper - Tess, uma chefe executiva dum restaurante 5 estrelas, descobre que trabalhou até à exaustão quando os vegetais da cozinha começam a conversar com ela. Forçada a uma licensa sabática pelo gerente e ex-namorado, escolhe Half-Moon Hollow como local de descanso, ou talvez não, uma vez que a casa arrendada por Tess tem um habitante inesperado - Sam Masden, tornado vampiro há dois anos e a passar por um divórcio complicado, e sem poder sair da casa, porque pelas leis dos novos vampiros, é a única forma de garantir que a futura ex-mulher não fica com os bens todos.  O facto de Tess e Sam quererem ambos a casa é o ponto de partida para uma guerra de partidas, com um final inesperado (ou não). A cena dela fazer um buraquinho no soalho e encher a cave do Sam de grilos, fez-me rir até às lágrimas. Foi um bom regresso ao universo de Jane Jameson, e confesso que gostei tanto desta short storie - a minha preferida na antologia - que vou por o Nice Girls Don't Date Dead Men na minha TBR.

"Out With a Fang" by Jessica Sims - Farta de estar sozinha e a chorar pelos cantos pelo fim forçado do relacionamento de há quatro anos atrás, Ruby Sommers, were-jaguar recorre aos serviços duma agência de encontros. A história está bem construída, embora tão previsível, que não me parece que vá espreitar a sére "Midnight Liaisons".


A título de resumo, e para os fãs de PNR, a antologia está bastante boa, deitei-lhe as mãos só por causa de uma história, e acabei por gostar bastante das três.

Classificação: 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Goodreads Reading Challenges 2013

O outro dia num dos clubes de leitura, referi que Animal Alphabet Reading Challenge, era um bom desafio para começar em 2013, o que me fez pensar que talvez fosse boa ideia fazer a migração dos ongoings de 2012 para 2013, e assim já tenho onde preparar os do próximo ano :o)
Se entretanto acabar algum deles em 2012, é questão de retirar da lista.



~Reading Challenges(Ongoing)~

1. Bookworm bitches ongoing challenge

  - Millionaire Challenge
    - Hoarders Challenge
    - Author Challenge #1 (Katie MacAlister)
    - A-Z Character Challenge ~ Female
     - Genre Challenge - All Kinds of Everything 
2. Disney Princess Reading Challenge 
3. Ten Book Author Train Challenge
4. ~ Antonym Challenge ~

5. Soundtrack Challenge: Dirty Dancing
6. ~ Mythical Creatures ~

7. Build-A-Body Challenge


~Yearly Challenges~

1. Level 1 of the Serious Readers Challenge for 2013 
2. Animal Alphabet Reading Challenge

3.Decades Challenge: 1-3-13 to 1-4-14 
4.Goodreads Choice Awards (2012) Reading Challenge 
5. Celebrate your Favorite Series in 2013
6. WYA 2013 A-Z Paranormal Characters



terça-feira, 16 de outubro de 2012

Daughter of Smoke and Bone by Laini Taylor

Sem dúvida, um dos melhores livros de YA que li nos últimos tempos.

Daughter of Smoke and Bone conta-nos a história de Karou, uma jovem de 17 anos aparentemente normal, com excepção do cabelo que nasce naturalmente azul e das tatuagens nas mãos. 

Estudante de arte em Praga, enche os cadernos de desenho com esboços de criaturas fantásticas,  vive dividida entre as aulas de arte, e as tarefas para a loja de Brimstone, o wishmaster, até o dia em que numa viagem através do portal a Marraquexe encontra Akiva, um anjo vingador.

Apesar dos saltos da narrativa, em que somos transportados para trás e para a frente no tempo para revelar o segredo de quem na realidade é Karou, e como ela e Akiva estão ligados, dei por mim completamente encantada pela narrativa, e a querer saber mais sobre um universo onde os desejos são trocados por dentes, a guerra entre anjos e demónios apesar de ter fim anunciado nos leva a querer um final diferente, e onde a esperança é a magia mais forte que pode existir.


Classificação: 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Fifty Shades Trilogy by E. L. James

Começou como fan-fic de Twilight, e tornou-se num fenómeno. Ao querer perceber em primeira mão o porquê, fui lê-los em audio e fiquei viciada, ouvi os três de seguida, e não satisfeita ainda os fui reler em formato electrónico. Ora que, pois, se da primeira vez até gostei, da segunda cheguei à brilhante conclusão de que os livros são como aqueles que serviram de fonte de inspiração, nada além de lixo literário, sem sumo, com relações abusivas, homens prepotentes, perseguições sem sentido, diálogos pobres, e uma legião de fãs pelo mundo inteiro.

O Christian é um sádico prepotente, que gosta de bater em morenas, porque lhes fazem lembrar a mãe biológica, e que usa o passado como desculpa para controlar e por e dispor da vida dos que o rodeiam como lhe apetece, só porque sim, embora no fundo continue a ser um menino perdido, que precisa que lhe estejam sempre a dizer/mostrar adoração e aprovação, mas cumprindo as regras, senão ele zanga-se.

A Ana tem rasgos verdadeiros de esquizofrenia, com três personalidades múltiplas, a dela que não tem piadinha nenhuma, tem um problema de auto-estima patológico, e cuja finalidade na vida é ler livros, e não fazer zangar o marido com personalidade instável, a inner goddess, que não passa duma ninfomaníaca mimada, cuja único objectivo na vida é passar a vida no playroom e conduzir carros desportivos, e o subconsciente, que é uma mistura de bibliotecária com professora de primária, que passa a vida a dar sermões, e a ler livros. As referências às duas personalidades que começaram por ter alguma piada, tornam-se rapidamente monótonas, sem nexo, e a roçar o ridículo - principalmente quando se põem as três na conversa... yeah...

A melhor amiga, que nos é introduzida como futura jornalista cheia de potencial, é mais uma menina rica mimada, com aspirações a comadre do bairro. Se a saga não terminasse ainda a iríamos ver numa janela, a falar com a vizinha da frente.

A personagem que mais me desiludiu, foi mesmo a "Mrs Robbinson", estava eu cheia de fé em que ela viesse a ser a cabra de serviço, no entanto não passava duma aspirante a vaca, com o appeal dum caracol ranhoso. Os pais quer de um quer de outro, estão fieis ao original, e o resto das personagens nem sequer é digno de referência, sendo os "vilões" mais previsíveis que o tempo numa noite de Agosto.

Três livros depois a história resume-se a isto: Rapariga inexperiente conhece homem milionário reservado que a desafia para bondage em secretismo. Rapariga experimenta, fica chocada e foge. Milionário chama de volta. Rapariga aceita. 5 semanas depois casam. Lua de Mel. Primeira discussão = crise no casamento. Rapariga salva o dia. 2 dias no hospital. HEA. The end.
  
O livro deveria chamar-se Fifty Days to HEA. A temática devia ser romance de cordel. Não sei o que me irrita mais, se quem o lê ficar com a ilusão de que se é muito maroto, pois leu um livro sobre bondage(?!), se as editoras agora usarem o Fifty Shades para promover os livros de bondage a sério - mas pronto, na capa do Eclipse também está escrito "o livro que eclipsou Harry Potter", devo ser eu que não percebo nada de marketing.


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Deadlocked by Charlaine Harris

Não quis escrever a review assim que o li, para ter tempo de processar tudo e não ser injusta - sim, a forma como acabou deixou-me quase a espumar e a dar pontapés, enfim.... com tudo o que se passou entretanto, acabei por deixar passar, e, apesar de já não o ter tanto na mente como o último lido, preferi não o deixar passar em branco, nem que fosse numa análise muito rápida.

Resumo: 12º livro da saga Sookie Stackhouse (ou The Southern Vampire Mysteries), Deadlocked continua os pontos pendentes do livro 11, o assassinato de Victor, que Filipe de Castro vem investigar, o Cluvier dor e como/se/com quem o utilizar, a tensão crescente no bar de strip, com tantos fae juntos, o romance de Sam com a enforcer do pack de lobisomens, o dilema do casamento arranjado por Appius entre Eric e a rainha do Arkansas. Como mistério único ao livro, tem a morte da rapariga misteriosa, que levou Eric a beber do sangue dela, e que aparece morta no relvado, depois de ter sido expulsa da casa.

O que gostei:
 - o fecho da situação das fadas - este ramo da história já se estava a começar a arrastar, e finalmente percebi a atitude do Claude. Já não era sem tempo.
 - o uso do cluviel dor. Quer pelo facto de finalmente sair de cena, e a dependência que ela estava a criar relativamente ao objecto já me começar a irritar, quer pelo abanão que deu à história. Quero ver como a CH sai dessa.
 - o regresso do Bubba - nem que seja por dois ou três parágrafos, é um dos meus personagens favoritos e que se manteve constante.
 - a Pam - não é preciso palavras, ela é fabulosa, sempre! O resumo que ela fez da situação no aviversário da Sookie foi simplesmente delicioso.

O que não gostei:
 - o facto de continuarmos a acompanhar a lida da casa, preenchimento de formulários de irs, recados que a Sookie tem de fazer.... se não fosse a envolvente sobrenatural, a rapariga teria uma vida mesmo sem graça nenhuma.
 - o esfriamento da relação Eric/Sookie... já dava um par de estalos a cada um, e que tal em vez de amuarem e parecerem duas crianças, se sentassem e dissessem o que cada um espera do outro? Ein? Não era bonito?
 - a possibilidade dum futuro com o Sam - a sério, se eu li 13 livros para eles agora acabarem juntos, vou ficar muito insatisfeita/desiludida. Honestamente, não consigo ver outra alternativa, porque qualquer um dos vários pretendentes que a Sookie teve ao longo destes últimos 12 livros, ou nunca gostei da hipótese (tipo Quinn), ou vi a relação ir por um rumo que não me deixa contente e a ver a coisa resultar, como é o caso do Alcide, e do Eric (últimos dois livros)

O que ficou pendente:
 - O futuro do Eric com a tríade Felipe, casamento arranjado e Sookie. Se por um lado o Felipe não ficou assim tão aborrecido com a morte do Victor, pelo aspecto político da coisa, não pode deixar o mesmo impune. A melhor solução para ele seria o Eric casar com a rainha, e sair do Lousiana. Como esta história se vai desenrolar, é um dos motivos que mais me vai ficar ansiosa pelo próximo e último volume da saga.
- Sookie Happily Ever After, como será que isto acaba.

Ouvi dizer que o próximo tem dois POV, só por isso, já vale a pena marcar a data de release no calendário. 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Grave Dance by Kalayna Price

Para quem costuma ler séries, há uma frase que embora irrite solenemente, é verdade na maioria dos casos: "a série fica boa a partir do terceiro!", com excepção talvez do dresden, que segundo li, o quarto é excepcional, o quinto põe-nos a pensar se o quarto foi um acidente, mas depois do sexto não se consegue parar de ler.

Grave Dance é o segundo livro da série Alex Craft, cuja acção se passa um mês depois do Grave Witch, em que vemos a nossa heroína a descobrir um intolerância ao ferro, e a descobrir que os poderes estão ligeiramente evoluídos.

Bastante melhor que o primeiro volume, deixou-me à espera do terceiro, para ver se é desta que me deslumbra.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Comfort Food by Kitty Thomas

Ao ler o comentário do Sabedoria de Moura sobre a Natascha Kampusch pensei duas coisas 1)lá está ele com as piadas tristes e 2)e porque não ler um livro do género. Ora, se quanto ao ponto 1 apenas posso abanar a cabeça e fazer o meu smirk-não-há-nada-a-fazer, o segundo tem solução. No entanto, e dado o tema delicado tinha uns quantos entraves... e se ser totalmente fora da minha zona de conforto eu até tentava dar a volta, a faixa etária da Natascha estava completamente fora de questão. Lembrei-me imediatamente quando andava na faculdade e tive de fazer um trabalho de um tema da actualidade. A primeira opção que o meu grupo ponderou foi a pedofilia - a primeira página de resultados do google fez-nos mudar de ideias em três tempos.  Portanto crianças em cativeiro...deixa ver... Não. Nem pensar. Fora de questão.

Coincidência ou não, na mesma altura cruzei-me com uma referência ao Comfort Food. Ao pesquisar mais informação sobre o livro deparei-me com o disclaimer da autora:

DISCLAIMER:

This is not a story about consensual BDSM. This is a story about "actual" slavery. If reading an erotic story without safewords makes you uncomfortable, this is not the book for you. This is a work of fiction, and the author does not endorse or condone any behavior done to another human being without their consent.

O meu Tico fez logo soar as campainhas de alarme "É BDSM" isso faz-nos confusão. Ao que o Teco respondeu "É uma história de ficção".
 "Mas não tem safewords". 
"É uma história de ficção". 
"Deixa-me voltar a dizer NO SAFE WORDS".

Exacto. Sem safewords. Completamente fora da minha zona de conforto.

Comfort Food conta-nos a história de Emily Vargas, uma licenciada em psicologia e guru de livros de auto-ajuda, que é raptada e mantida em captiveiro, até a sua perspectiva da realidade mudar radicalmente. A história é contada na primeira pessoa, e mostra-nos o evoluir da personalidade da Emily em que as condições que está sujeita lhe trocam as prioridades, de tal forma que a chicken noodle soup (comfort food) passa a ser encarada como castigo, e as vergastadas passam a ser encaradas como conforto.

O livro leva o síndroma de estocolmo à letra. 

Faz-nos pensar que não importa se a resistência mental é forte o suficiente ou não, quantos livros de auto-ajuda se escreveram, e não adianta ter uma licenciatura em psicologia e identificar os sintomas que se estão a sentir. 

Eventualmente, toda a gente quebra. 

No reino animal, após manter um animal em captiveiro durante muito tempo, é mais cruel libertá-lo de volta ao mundo real, do que mantê-lo na prisão a que começou a chamar de casa.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Magic Bites by Ilona Andrews

Andava curiosa com a série Kate Daniels, mas cada vez que via a descrição do Magic Bites, mudava de ideias.

A ideia de flutuações de magia em que tudo o que seja tecnológico falha, prédios em ruinas, e o que se acreditava serem fairy tales existir, apesar de me deixar curiosa, não me chamava aos pulinhos e saltinhos - não sei porque fazia-me pensar em cenários dignos de Mad Max ou Waterworld - realmente o meu cérebro é muito estranho.

No entanto, dei por mim a deixar-me levar pela história.

Kate Daniels, mercenária, com capacidades suficientes para pertencer à ordem, tem um problema com a autoridade e prefere trabalhar a solo, no entanto, aceita ajuda quando sabe que é necessária, que enfrenta o lord of the beast independentemente dos riscos, que tem sempre a resposta pronta, que resolve os problemas a murro, pertence a uma bloodline que tenta manter oculta, reconhece os seus pontos fortes e principalmente as suas limitações, e que não foge do auto-sacrifício quando sabe que não tem outra alternativa. Claramente, o meu género de livro.

Diria que a série está ao nível das crónicas de Dresden, se bem que gostei mais do Magic Bites do que do Storm Front. Muito mais.

Decididamente uma série a seguir. E a enfiar pelos olhos adentro dos fãs do género!


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Stormwalker by Allyson James

Stormwalker foi um daqueles livros que ingressou na minha TBR list desde que o descobri, mas que acabou ficando pendurado por surgir outro mais apelativo no momento.

Quase que me obriguei a lê-lo, porque o que eu realmente queria era continuar a explorar a série  Law of the Lycans, mas reparei que tinha os livros todos do desafio de Abril por ler, cinco no total, e já estávamos a meio de Abril.

Depois duma valente discussão entre o Tico e o Teco, em que no final, um referiu: "já não estamos na escola, podemos ler o que bem nos apetece! É suposto ser um prazer e não uma obrigação" e o outro retucou com: "mas os livros de Abril são livros que nós queríamos ler, ninguém nos obrigou a escolhé-los!"

Eu e os meus esquilos temos uma relação liberal, mas no fim quem manda sou eu, e, muito a custo, lá me resolvi a deixar o The Keeping em stand by,  e ler as aventuras duma Nativo-Americana, que consegue usar os poderes da tempestade.

Não sei se por o resumo falar em Navajos, ou em skinwalkers, ou até no Coyote e na Crow, que eu achei que iria descobrir uma nova Mercy Thompsom, mas com dragões em vez de lobisomens.

Nada disso.

A relação entre a Janet e o Mick não me convenceu. O Nash, é o estereotipo perfeito do polícia de província, o facto de ele ser tão incrédulo quanto aos fenómenos mágicos, recusando-se a acreditar em tudo, mesmo com evidências, e depois assumir o papel daquilo que é tão facilmente e sem estrebuchar, irritou-me até à quinta casa. As personagens secundárias não têm sumo nenhum. A vilã deixou-me desiludida, esperava algo mais difícil de derrotar. Os únicos que realmente me seduziram foram o Coyote - exactamente igual ao esperado, a avó shamam, e a Maya, a electricista hispânica de feitio explosivo - sim, adorei a Maya.

Ainda estou indecisa se continuo a série ou não. Apesar de ser uma leitura fácil, de gostar do mau feitio da Janet, e de estar curiosa com a decisão dos dragões, vou deixar o firewalker em banho-maria, juntamente com o bloodfever, o twice dead e o the mage in black.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

The Mating by Nicky Charles

Como na saga Law of the Lycans, o Bonded é passado antes do The Mating, tive a brilhante ideia de o ler primeiro, mesmo tendo sido publicado 2 anos depois. 

A mania que esta gente tem de fazer prequelas, ainda ma hão de explicar, mas pronto, não foi das minhas ideias mais brilhantes, embora tenha achado que sendo PNR, não teria importância. 

Pois... achei mal...

Fui para o The Mating com a expectativa alta demais, e a querer desenvolvimentos sobre os puristas, e principalmente sobre o destino do Damien, e tal não aconteceu. Também achava que o Reno e a Brandi iriam aparecer como secundários, mas isso também não aconteceu.

Apesar de tudo, e passada a desilusão inicial, dei por mim a gostar bastante do livro, apesar de previsível e de achar a Elise demasiado ingênua. OK, eu sei que ela só tem 19 anos, mas podia pensar um bocadinho não? Tão inteligente para umas coisas, e nem lhe passou pela cabeça que a mudança de atitude repentina da cabra de serviço trazia água no bico? 

Mas pronto, se homens feitos, não verificam a pulsação do vilão, achando que está morto só por ter levado um tiro, a burrice da Elise até que é desculpavel. Já o facto do Kane ser demasiado brando, não. Alpha que é Alpha, é suposto ser arrogante, mau feitio e temperamento quente. Sim, ele tem isto tudo, mas acalma-se com demasiada facilidade para um alpha tão jovem.

Mas pronto, não podemos esquecer que o livro foi escrito apenas como hobbie, não sendo a ocupação principal da autora. Aliás, o facto de serem 100% free, estando disponíveis para download no site da autora, levou-me a pensar que seriam piores do que na realidade o são.

O livro seguinte, The Keeping, vai contar a história do Ryne (desta vez já fiz o trabalho de casa) e estou em pulgas para a descobrir!

Normalmente não sou assim grande seguidora de PNR (romance paranormal), prefiro mais UF (urban fantasy) embora os géneros estejam ligados e normalmente confundidos, mas neste caso, acho que descobri  uma série que me atrai quase tanto como a dos Dark Ones, desta vez com lobisomens - born not made - que conseguem transformar-se sem dor e com a roupa vestida.

Já agora, e porque eu também confundi durante muito tempo, a diferença ente PNR e UF está muito bem explicada aqui

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Bonded by Nicky Charles


Prequela de The Mating, Bonded conta-nos a história de Reno e Brandi, dois lobisomens que trabalham em áreas opostas dentro da organização responsável por fazer cumprir a ordem, e manter a existência dos lycans em segredo, a Lycan Link.

Se ele é um Enrforcer (Equivalente a uma equipa SWAT), cujo objectivo é salvar reféns, não importando muito bem como, ela, sendo uma Disaster Control Officer, tem como objectivo manter os lobisomens escondidos do mundo real, e tratar das relações públicas, basicamente, limpar a confusão que os enforcers deixam para trás.

O livro é PNR puro, com a narrativa a saltar entre os dois personagens, que levam a vida a antagonizar-se, ao mesmo tempo que lutam com a atracção que sentem um pelo outro, e com o esperado HEA, que todos os livros de PNR têm.

Último livro a ser publicado da série Law of the Lycans, tem uma timeline inferior ao primeiro, o que nos introduz ao mundo, e à conspiração purista, que pretende eliminar/escravizar todos os que não são do chamado sangue-puro - uma temática que pode ser aplicada a uma realidade qualquer, misturada com a mítica dos lobisomens, com a noção de pack, de rogue, de mating/blood-bonding e focando valores como amizade, lealdade e confiança, juntamente com manobras políticas, fugas de informação, fanatismo e perseguições.

O livro foi uma surpresa, e deixou pontas pendentes o suficiente para me motivar a ler a série. Mais não seja, com a esperança de ver os puristas serem desmantelados e a terem o que merecem!

terça-feira, 10 de abril de 2012

The Surgeon by Tess Gerritsen

O meu fascínio e consequente vicio nos desafios de leitura tem evoluído exponencialmente desde Dezembro, altura em que experimentei o prazer do primeiro, e os passei a coleccionar como se fossem cromos ou postais.

Além de ser chamada carinhosamente (pelo menos espero que seja carinhosamente) de geek pela minha irmã, dei por mim a escolher os livros a ler em função dos desafios que tenho pendentes, só não achei que estava a precisar de intervenção porque quando saiu o Fair Game da Patricia Briggs, eu larguei tudo enquanto não o acabei, e quando vi o trailer do The Hunger Games, também larguei tudo e fui lê-lo porque queria ver o filme - ainda há salvação para mim :o)

Anyway, um dos desafios de leitura implicava ler um livro de biblioteca.  O facto de não fazer ideia onde raio enfiei o meu cartão da biblioteca, e de não ir lá há pelo menos 10 anos, deixou-me temporariamente a pensar em como raio dar a volta à questão até que ta-dah, me lembrei da mini-biblioteca que o grupo onde trabalho tem, espalhado por vários edifícios. Resolvido o primeiro problema, passei ao segundo, que foi descobrir que raio de livro iria ler, uma vez que das vezes todas que fui ao espaço físico, nenhum título me chamou particularmente a atenção mas, uma vez que através da intranet temos acesso à bd centralizada e aos títulos todos, fui alegremente pesquisar. A escolha recaiu sobre o primeiro volume da colecção Rizzoli & Isles, que eu já estava cansada de ouvir "deverias ler que vais gostar", "experiementa ler, que deves gostar" - sim, o querido do M. quando resolve que eu sou capaz de gostar dum livro, não para de sugeri-lo até eu o ler. Uhmmm... espera... eu faço-lhe o mesmo...

Rizzoli & Isles deu origem à série com o mesmo nome - podemos vê-la na fox life - e eu até lhe acho piada, principalmente à interacção entre as duas, logo passar ao livro, estava com receio que acontecesse o mesmo que aconteceu com os livros de Vampire Diaries - depois de ver a série, em especial o Damon, nunca que os livros seriam bons o suficiente - isto, se eles fossem bons o suficiente, mas não, são tão maus ou piores que twilight ( E sim M., continuo a gostar de twilight, mas lá por gostar não quer dizer que não ache que são lixo literário).

O facto de conhecer a série de tv, e de gostar da mesma, acabou por fazer com que não me deixasse envolver tanto quanto deveria. Primeiro, porque a Maura Isles ainda não aparece neste livro, logo aí, fiquei logo com antipatia pela autora. Depois, vem a Rizzoli. Eu adoro a Jane na série, bem como o Moore e o Frost, e se estes dois estavam perfeitos no livro, a Jane Rizzoli irritou-me até dizer chega. Não propriamente ela, mas sim como a autora constantemente foca o facto de ela ser a única mulher num mundo de homens, quer em casa, quer no trabalho, quer no dia-a-dia. Nunca ouvida, nunca respeitada, nunca lhe sendo dada qualquer atenção ou mérito, e numa luta constante para ganhar o seu lugar merecido. OK, eu até percebia essa insistência se o livro fosse da década de 80, mas foi publicado em 2001, por amor da santa! Actualiza-te filha, actualiza-te! Nessa altura já havia alunas em engenheria informática, e mulheres nos marines!!!!

Após ultrapassar esses pontos negativos, e esquecendo a série, foquei-me no livro. O cirugião conta-nos a história dum serial killer, cujo m.o. consiste em atacar mulheres no próprio quarto, amarrá-las, mutilá-las, remover-lhes o útero, deixa-las a sangrar durante umas horas, tudo isto com a vítima consciente, amarrada à cama e amordaçada e por fim, corta-lhes a garganta, deixando uma cena do crime digna de entrar no se7en.

O livro está muito bem construído, permitindo-nos vários pontos de vista, quer dos monologos internos do assassino, quer de Rizzoli - a detective responsavel pelo caso, quer de Moore, o detective dos casos anteriores, quer da Dra. Catherine Cordell, a única sobrevivente (conseguiu libertar-se e matar o assassino a tiro) duma série de casos demasiado semelhantes aos casos actuais.

As personagens são complexas e completas. A história está bem contada, não tendo pontos em que nos perguntamos "como raio ela chegou aqui", tudo tem uma razão de ser, e o livro é rico em pormenores. Vou continuar a seguir a série.

Para quem gosta de thrillers e serial killers, recomendo vivamente.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Ler um livro é bom, ler vários é melhor ainda!

Há quem faça lista de compras, eu faço dos livros a ler. E mais do que gostar de ler livros, eu gosto de ler séries. E a escolha é tanta que, em vez de ler a saga toda de seguida, tenho o péssimo hábito de ir saltando. Resultado? 1001 séries começadas! Algumas ficam logo pelo primeiro livro, porque não me despertam grande curiosidade, outras têm mais sorte e leio os volumes publicados de seguida. E depois há aquelas que pretendo dar continuidade, mas entretanto surgiu outro livro que se meteu no meio.
Para não perder o fio à meada - e principalmente para não deixar esquecida uma série que até pretendia ler, nada melhor do que agrupar tudo, e ir actualizando à medida que vão surgindo novas séries, ou se vão completando as existentes.


~Alex Craft~
Grave Witch
Grave Dance
Grave Memory

~Alpha & Omega~
Alpha & Omega: A Companion Novella to Cry Wolf
Cry Wolf
Hunting Ground
Fair Game

~Bloodlines~
Bloodlines
próximo (June 2012) - The Golden Lily

~Charley Davidson~
First Grave on the Right
For I Have Sinned (Charley Davidson, #1.5)

~Dark Elite~
Firespell
Hexbound
Charmfall

~Dark Ones~
A Girl's Guide to Vampires
Sex and the Single Vampire
Sex, Lies and Vampires
Even Vampires Get the Blues
The Last of the Red-Hot Vampires
Zen and the Art of Vampires
Crouching Vampire, Hidden Fang
In the Company of Vampires
Much Ado About Vampires
próximo (2012) - A Tale of Two Vampires

~Dark Swan~ 
Storm Born

~The Dresden Files~
Storm Front
Fool Moon
Grave Peril

~House of Night~ (na eventualidade do meu lado masoquista vir ao de cima e eu resolver continuar a ler!)
Marked
Betrayed
Chosen
Untamed
Hunted
Tempted

~The Hunger Games~
The Hunger Games

~Jack Stapleton & Laurie Montgomery~
Blindsight
Contagion

~Kate Daniels~
Magic Bites

~Law of the Lycans~
Bonded
The Mating

~Mercy Thompson~
Moon Called
Blood Bound
Iron Kissed
Bone Crossed
Silver Borne
River Marked
próximo (2013) - Frost Burned

~The Mortal Instruments~
City of Bones
City of Ashes
City of Glass


~Nikki Glass~
Dark Descendant
próximo (Apr 2012) - Deadly Descendant

~Percy Jackson and the Olympians~
The Lightning Thief
The Sea of Monsters
The Titan's Curse
The Battle of the Labyrinth

~Revivalist~
Working Stiff
próximo (Aug 2012) - Two Weeks' Notice

~Sevenwaters~
Daughter of the Forest
Son of the Shadows
Child of the Prophecy

~Sookie Stackhouse~
Dead Until Dark
Living Dead in Dallas
Club Dead
Dead to the World
Dead as a Doornail
Definitely Dead
All Together Dead
From Dead to Worse
Dead and Gone
Dead in the Family
Dead Reckoning
Deadlocked

~Unbound~
Blood Bound
próximo(May 2012) - Shadow Bound

~Weather Warden~
Ill Wind

Ler um livro é bom, ler vários é melhor ainda - Sagas Completas

Mystery


~Aurora Teagarden~
Real Murders
A Bone to Pick
Three Bedrooms, One Corpse
The Julius House
Dead Over Heels
A Fool and His Honey
Last Scene Alive
Poppy Done to Death

~Harper Connelly~
Grave Sight
Grave Surprise
An Ice Cold Grave
Grave Secret

Fantasy

~The Light Isles~
Wolfskin
Foxmask

Romance

~Fifty Shades~
Fifty Shades of Grey
Fifty Shades Darker
Fifty Shades Freed

Urban Fantasy /Paranormal Romance

~Aisling Grey: Guardian~
You Slay Me
Fire Me Up
Light My Fire
Holy Smokes

~Georgina Kincaid~
Succubus Blues
Succubus on Top
Succubus Dreams
Succubus Heat
Succubus Shadows
Succubus Revealed

~Silver Dragons~
Playing With Fire
Up In Smoke
Me and My Shadow

Young Adult

~Harry Potter~
Harry Potter and the Philosopher's Stone
Harry Potter and the Chamber of Secrets
Harry Potter and the Prisoner of Azkaban
Harry Potter and the Goblet of Fire
Harry Potter and the Order of the Phoenix
Harry Potter and the Half-Blood Prince
Harry Potter and the Deathly Hallows
Quidditch Through the Ages (not part of the series)
Fantastic Beasts and Where to Find Them (not part of the series)

~Twilight~
Twilight
Twilight Outtakes - Emmett and the Bear (Twilight, #1.2)
Midnight Sun (Twilight, #1.5)
New Moon
New Moon Extra - Rosalie's News (Twilight, #2.1)
New Moon Extra - Miscalculation (Twilight, # 2.2)
Eclipse
The Short Second Life of Bree Tanner (Twilight, #3.5)
Breaking Dawn

~Vampire Academy~
Vampire Academy
Frostbite
Shadow Kiss
Blood Promise
Spirit Bound
Last Sacrifice

 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

The Undomestic Goddess by Sophie Kinsella

Desde que fui ao cinema ver o confessions of a shopaholic, baseado no livro com o mesmo nome, que fiquei com a intenção de experimentar os livros da Sophie Kinsella - talvez por andar à procura dum bom chic-lit para ir variando de género, no entanto, a intenção foi sempre ficando para trás, ou porque não havia vontade, ou porque surgia sempre outro livro que me interessava mais ler.


The Undomestic Goddess parte dum plot engraçado: Samantha, uma workaholic que não sabe o que são pausas, cuja vida é medida em períodos de 6 minutos, está prestes a atingir o objectivo dos últimos 7 anos - tornar-se partner duma prestigiada firma de advogados. No dia em que a decisão está prestes a ser anunciada, descobre que cometeu um erro tão grave que qualquer hipótese de promoção está fora de questão. Desnorteada, sai do edifício, entra na estação de comboios, no primeiro comboio que lhe aparece à frente, e vai parar numa terreola qualquer. Pára numa casa para pedir indicações, sendo confundida com uma candidata ao cargo de housekeeper é contratada. Ora, Samantha não sabe ligar o forno, nem coser um botão. Nunca cozinhou na vida, e abrir a tábua de passar a ferro é algo misterioso e difícil.


O livro está engraçado. No entanto tem demasiados pormenores que tornam a história demasiado conto de fadas. Primeiro, os novos patrões. Really? Será que são assim tão burrinhos que engolem todas as petas que ela conta. Sem desconfiar quando o jantar não aparece, a roupa parece nova (talvez por o ser) e ela nem sequer consegue abrir a tábua de engomar? Segundo, como raio é toda a gente tão simpática? Tão prestável.  Terceiro, e principal COMO RAIO ELA APRENDE A FAZER AQUILO TUDO NUM FIM-DE-SEMANA? À primeira, e sem complicações? A sério? De inadaptada a fada do lar em questão de dias?! 


A reviravolta no fim, apesar de resultar, parece demasiado forçada - de bobo da corte e advogada em desgraça para estrela e mente brilhante. 


Em resumo, é um bom livro para os dias em que nos sentimos verdadeiramente intelectuais, para ler no avião, ou num dia de praia.

Resumo de Março





1. The Girl Who Chased the Moon (06/Mar)
2. Fair Game (07/Mar)
3. Wildwood Dancing (08/Mar)
4. Mirror Mirror (11/Mar)
5. First Grave on the Right (19/Mar)
6. Night Myst (21/Mar)
7. Dark Descendant (26/Mar)
8. The Hunger Games (28/Mar)

Monthly Stats:

Autores novos: Sarah Addison Allen, Darynda Jones, Yasmine Galenorn, Jenna Black, Suzanne Collins

Séries Novas: Charley Davidson, Indigo Court, Nikki Glass, The Hunger Games

Favorito do Mês: Fair Game

Pior do Mês: Mirror Mirror

Surpresa do Mês: Fair Game








Goodreads Reading Challenges 2012

Para não me perder no meio de tanto desafio de leitura... Aqui está a listinha toda agrupadinha!


~Reading Challenges(Ongoing)~

1. Millionaire Challenge
2. Disney Princess Reading Challenge
3. Ten Book Author Train Challenge
4. ~ Antonym Challenge ~
5. What Animal Are You? Reading Challenge (01/Abr)
6. Soundtrack Challenge: Dirty Dancing

7. ~ Mythical Creatures ~
8. A-Z Character Challenge ~ Female
9. Author Challenge
10. Hoarders Challenge

~Yearly Challenges~

1. Serious Series Readers Challenge (13/Abr)
2. A-Z Author Challenge - 2012
3. 2012 A-Z Title Challenge
4. Level 1 of the Serious Readers Challenge for 2012
5. Goodreads Choice Awards (2011) - Não concluído

~Six Month Challenges~

1. Hurricane Season challenge - Não concluído

~Monthly Challenges~

1. January 2012 New Year New Resolutions Challenge (17/Jan)
2. February Challenge (12/Feb)
3. March Challenge (19/Mar)
4. March 2012 Monthly Mini Chalenge - Spring Cleaning (28/Mar)
5. April Challenge - Não concluído
6. April Showers  (05/Abr)
7. May Challenge - Não concluído

~Timed Challenges~

1. Decades Challenge 11-11-11 to 12-12-12
2. 2012 Spring Reading Challenge - Não concluído
3. WYA 2012 Spring Cleaning Challenge 
- Não concluído
4. April Showers Bring May Flowers - Não concluído
5. You Name it Challenge
6.  Planes, Trains, & Automobiles: November/December 2012