domingo, 12 de maio de 2013

Unwind by Neal Shusterman


Classificação: 

Ponto de partida: A segunda guerra civil teve como causa a luta pelo direito ao aborto. Como consequência, a vida é sagrada e inviolável desde o momento da concepção, até a criança fazer 13. A partir daí, e até aos 18, os pais podem optar por um "aborto retroactivo", onde a criança pode ser entregue para unwound - processo de recolha de todos os orgãos para posterior transplante - fazendo com que na prática, a vida continue a existir, pelo menos tecnicamente.

Connor é um rapaz problemático, dificil de controlar pelos pais. Risa é uma orfã a cargo do estado, e que segundo a instituição onde se encontra, atingiu o máximo do seu potencial. Lev é um "tithe", concebido e criado especialmente para ser oferecido para unwound. 

Unwind junta os três numa luta pela sobrevivência.

Expectativa: Alta. O tema do livro teve o mesmo efeito em mim do que o The Hunger games, fazendo-me alternar entre choque/aversão e curiosidade. A curiosidade ganhou.

O que achei:  O conceito é algo que mesmo depois de terminar o livro não consigo encaixar: aborto retroactivo? Qual é o pai que ao fim de 13 anos, resolve que a melhor solução para o filho é envia-lo para um campo de colheita, uma vez que o todo não está a funcionar logo a melhor solução é dividi-lo em partes? A sério. Custa a entender. Pior que tudo, custa a aceitar a atitude desligada perante o processo.

O livro está bastante bom, bem estruturado, alternando vário spontos de vista para nos dar uma visão global do caminho até à lei da vida, o lado de que ninguém fala, e as consequências que não foram tomadas em consideração. As experiências que Connor, Risa e Lev vivem, bem como as suas decisões, prenden-nos até à última página. 

Mais uma série a seguir.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

The Light Between Oceans by M.L. Stedman


Classificação: ✪✪✪

Ponto de partida: O veterano de guerra Tom Sherbourne torna-se faroleiro na esperança que o tempo e isolamento lhe ajudem a sarar as feridas. Ao ser destacado para um posto remoto da Austrália, ponto onde os dois oceanos se juntam, conhece e acaba por casar com Isabel, uma jovem entusiasmada com a vida, e corajosa o suficiente para enfrentar o isolamento de Janus, uma ilha a meio dia de distância do porto mais próximo. 

Dois abortos espontâneos e um nado-morto mais tarde, dá-se um milagre, um barco, com um bebé dá à costa. Um verdadeiro milagre que Tom e Izzy não deixam escapar, adoptando a pequena Lucy como sua. Ao voltar a terra uns anos mais tarde, têm de enfrentar as consequências da decisão tomada.

Expectativa: Alguma. Foi o vencedor do prémio do GoodReads na categoria de Best Historical Fiction, com um tema algo controverso, tinha a ideia de que seria emocionalmente tocante, e que sem dúvida me ia levar às lágrimas.

O que achei: Eu tentei gostar do livro. Tentei mesmo. Queria sentir a dor de Isabel e Hannah, e ser levada pelo rol de emoções que a decisão de Tom e Isabel causou. A verdade é que não senti qualquer ligação com as duas, e fiquei mais irritada com o que isso fez a pequena Lucy e Tom passar do que outra coisa. Aliás, algumas das atitudes de Isabel irritaram-me tanto, que cheguei a desejar-lhe um final menos simpático. Não sei se o livro terá acabado da melhor forma, depois de todo o tumulto durante o livro todo pareceu-me um pouco anticlimático.

Gostei da forma como o autor nos introduziu e explicou o funcionamento do farol e da sua manutenção, e da forma como criou o background das personagens. Achei também realista o comportamento das personagens que levou ao trágico incidente. O livro está bem escrito e bem pensado, mas, com grande pena minha, não deixou marca. 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Frost Burned by Patricia Briggs


Classificação: ✪✪✪✪✪

Ponto de partida: A caminho dos saldos da Black Friday, Mercy e a sua enteada Jesse têm um acidente de automóvel causado por um súbito ataque de pânico de Mercy.

De volta à oficina, descobre que o pack inteiro, incluindo membros que não se encontravam na casa de Adam, e outros cujo facto de serem lobisomens não era do domínio público, foi raptado por aquilo que parecem ser agentes do governo.

Para ajudar à festa, o mate-bond não está a funcionar como deveria, a única coisa que Mercy consegue perceber é que Adam está furioso e em sofrimento.

Expectativa: Imensa. Mais recente volume da saga Mercy Thompson, era um dos livros mais aguardados do ano. Principalmente depois do final do Fair Game (volume #3 da saga Alpha&Omega) e das implicações que o mesmo iriam ter no universo da Mercy.

O que achei: Imitando o Adam Shankman: “This is Patricia Briggs’s world and I’m just visiting”

*faz vénia*

O livro anterior foi talvez o que menos gostei na saga, por isso este soube àquela prenda de natal há muito prometida e nunca entregue.


O livro está tão bom que é difícil falar dele sem revelar demasiado. Vamos por partes para não esquecer nenhuma:
·         As personagens: li uma opinião em que o livro se devia chamar de “The Reunion” tal são os regressos. Temos o regresso do Stephan, que está lentamente a voltar ao normal, se bem que ainda continua meio sombrio. Temos a família Sandoval. Temos o Tad e o Zed (este mais afastado dado o regresso dos fae à fairy). O Samuel continua ausente, com grande pena minha, mas temos a Ariana, que não só não regressou às reservas, nem mesmo os Grey Lords se atrevem a mexer no silver bourne, como é a mate do Samuel – gostei bastante deste ponto. Temos também de volta o Coyote, sempre igual a ele mesmo e a Marsília e o Wulfe – este continua tão enigmático como sempre e leva-me a pensar que talvez venha a desemprenhar um papel importante em livros futuros. Temos ainda a presença emprestada do Asil – a relação do Moor com a Mercy é fabulosa.

A forma como as personagens interagem umas com as outras vale 70% da qualidade do livro. A presença do Kyle e de como o Ben o considera como pack, bem como o Stephen matar o assaltante porque ninguém magoa as pessoas de quem ele gosta, deixou-me bastante satisfeita.

·         O alternar do POV. Nada de mal-entendidos. Eu adoro a Mercy. Gosto de ter os insights dela, e um livro em que ela não seja a voz dominante provavelmente não me iria agradar. Mas ADOREI poder ver o mundo pelos olhos do Adam. Ver a realidade dele, a responsabilidade pelo pack e as lutas internas com o lobo foi uma jogada muito inteligente.

·         O mate-bond. Ainda não o tínhamos visto a funcionar a 100%, mas valeu a pena a espera. E a jogada da Mercy usar a magia do Coyote para absorver a prata do pack foi muito bem feita. Aquele Adam deveria levar um bom par de palmadas, auto-sacrifício uma pinóia.

·         Os vários twists da história. Ao fim de 6 livros, mais 3 do spin-off, já devia estar habituada, mas não deixa de estar bem conseguido. A posição da CANTRIP está cada vez mais tremida, e entre a perseguição aos fae, e o ataque aos lobisomens, fazia bem em arrumar as botas.

·         O artefacto “peace and quiet” e as memórias e emoções que trouxe ao de cima.

·         O constante aviso dum coiote a lutar contra inimigos mais poderosos não é uma boa jogada. Eu sei que a Mercy é destemida e luta as batalhas dela. Mas um dia a sorte dela pode acabar. Talvez devesse prestar mais atenção.

Muito bom. Fico à espera do próximo.

Saga: Mercy Thompson. Volume anterior: River Marked

Beautiful Disaster by Jamie McGuire


Classificação: ✪✪✪✪

Ponto de partida: Ao entrar com a melhor amiga para a Eastern University, Abby Abbernathy está determinada a começar uma vida nova, deixando para trás o passado obscuro. Para obter o afastamento pretendido, tenta evitar a todo o custo qualquer relacionamento com Travis Maddock, o pinga-amor lá do sítio, cujas tatuagens e estilo perigoso são um verdadeiro chamariz para o público feminino em geral, e Abby em particular.

A vida no campus universitário corre normal até o dia em que Travis faz uma aposta com Abby: se ela ganhar, ele mantêm-se abstinente durante um mês, se ele ganhar, ela tem de ir viver para o apartamento dele durante o mesmo período de tempo. 


Expectativa: Do mais baixo que podia existir. A tendência para os relacionamentos abusivos que existe nos livros YA ou New Adult, como é o caso, o drama adolescente e os triângulos amorosos anda a ser de tal forma, que cheguei a considerar abandonar o género. No entanto, era o livro do mês dum dos meus clubes de leitura, e confesso que gosto de saber por mim própria o porquê de tanto zumzum.

O que achei: O livro oscila entre a pontuação de uma estrela e as cinco. Por um lado, temos o previsto e que quase me fez não o ler: uma relação abusiva e sem limites, drama emocional e previsível, e a tentativa de existência dum triângulo amoroso.

Abby e Travis são personagens cheios de falhas, que apesar de um crescimento nada fácil, são completamente imaturos e têm atitudes a combinar – por vezes só me apetecia andar ao estalo com os dois.

A Abby então, conseguiu não me seduzir minimamente, com a agravante dela querer ser tão pãozinho sem sal que só não passa despercebida porque é a personagem principal, e o livro é contado sob o seu ponto de vista, na primeira pessoa.

Os personagens secundários, Shepperd, o primo de Travis, e America, a melhor amiga de Abby, ajudam a dar um lado leve à história, e ajudam nos pontos cómicos, e a aliviar algum do drama. É claro que são tantas vezes metidos ao barulho e apanhados no meio da cnfusão que chega a dar pena.

No entanto, apesar das falhas das duas personagens principais o livro é viciante. Não consegui parar de ler, o título “Disaster” é bem aplicado, uma vez que é como um acidente de viação, não conseguimos parar de olhar. E tem uns momentos tão doces e ternurentos que nos leva a fazer “awwwww”. O livro é uma verdadeira montanha russa emocional. Fez-me rir. Fez-me chorar. Fez-me ficar frustrada e a reclamar. O final do livro, fez-me sorrir. Não por ter acabado e sim pela forma como acabou.

 E por essa facilidade de ler, e por tudo o que me fez sentir, e principalmente por me fazer marcar no calendário a data da release do Walking Disaster – a história contada pela mão do Travis, que digamos de passagem é um personagem muito mais interessante – ganhou as quatro estrelas.


Saga: Beautiful

sexta-feira, 15 de março de 2013

Lidos e a preparar opinião:

A história de Emma, uma inglesa de 16 anos que é raptada no aeroporto e levada para o deserto australiano.
Lockhan de 17 anos e Maia de 16 são os melhores amigos desde que nasceram. Verdadeiras almas gémeas, apoiaram-se ao longo da vida, riram juntos, soferam juntos, mas o seu amor é o mais proibido de todos - Maia e Lockhan são irmãos.













terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Resumo de Dezembro

1.The Finding (Law of the Lycans, #3)(03-Dez)
2.Days of Blood & Starlight(Daughter of Smoke AND Bone, #2)(07-Dez)
3.Magic Burns (Kate Daniels, #2)(08-Dez)
4.Magic Strikes (Kate Daniels, #3)(09-Dez)
5.Magic Bleeds (Kate Daniels, #4)(09-Dez)
6.Magic Mourns (Kate Daniels, #3.5)(10-Dez)
7.Magic Dreams (Kate Daniels, #4.5)(10-Dez)
8.Fathers AND Sons (Curran POV, #2)(11-Dez)
9.Curran #3 (Curran POV, #3)(12-Dez)
10.Magic Slays (Kate Daniels, #5)(17-Dez)
11.Breed(17-Dez)
12.Magic Gifts (Kate Daniels, #5.4)(18-Dez)
13.Gunmetal Magic (Kate Daniels World, #1)(20-Dez)
14.Hex Hall (Hex Hall, #1)(26-Dez)
15.Bloodfever (Fever, #2)(27-Dez)
16.Faefever (Fever, #3)(27-Dez)

Monthly Stats:

Autores novos: Rachel Hawkins, Chase Novak

Séries Novas: Hex Hall

Favorito do Mês: Days of Blood &Starlight

Pior do Mês: Breed (talvez o pior de sempre!!!!)

Surpresa do Mês: Magic Dreams