terça-feira, 20 de novembro de 2012

Alice in Zombieland by Gena Showalter

Quando vi o título pensei, yeah, claro, em vez de termos o país das maravilhas, a Alice vai andar a matar zombies juntamente com o Chapeleiro Louco e o Coelho Branco - nope, nada mais longe, a protagonista chama-se Alice, o nome dos capítulos fazem referência ao clássico de Lewis Carroll, e uma nuvem com a forma de um coelho branco aparece no céu, como presságio de más notícias.

Aparentemente, Alice é uma adolescente como as outras. Com um pequeno senão: o pai dela acredita em monstros que vivem em cemitérios e saem à noite à procura de vítimas - o seu estado de loucura é tão grande, que a família inteira tem de estar em casa, em segurança, antes do anoitecer, sem excepções. Até o dia em que Alice faz 16 anos, e, usando como argumento o facto de mais uma vez os pais se terem esquecido do seu aniversário, consegue que a família inteira vá assistir ao recital de dança da irmã mais nova.

No regresso a casa, ao passar pelo velho cemitério, o pai de Alice sofre um ataque de pânico, causando um acidente de automóvel. Quando o carro para de rebolar, e Alice recupera os sentidos, descobre duas coisas, é a única sobrevivente do acidente, e começa a ver monstros.

Pontos Positivos: 
- O ritmo da história. Não temos aquele despejar de informação do tipo "Monstros existem-coisas sobrenaturais também-tu és uma slayer-engole e começa a matar tudo o que mexe à noite". Pelo contrário, depois do trauma, vemos Alice tentar racionalizar uma explicação para o que viu, e questionar se a "doença" do pai não será hereditária quando deixa de conseguir explicações evidentes.
- O vilão da história. Não direi que estou a perder qualidades, mas não tinha posto a hipótese de quem poderia estar por detrás de tudo.
- Os avós da Alice. O papel deles na história é fabuloso. 

Pontos Negativos:
- O teenager school drama. Ou sou eu que estou sem paciência, ou a realidade das escolas americanas é muito fútil - um pedaço dos dois, eu diria.
- As visões.
- A conspiração para usar os zombies como arma - não tenho palavras.
- A Kat - demasiado conveniente. Demasiado.... nem sei descrever, não me convenceu, pronto.
- A facilidade com que os adultos aceitam um grupo de jovens lutar contra monstros e salvar o mundo, não faz sentido, uma vez que os adultos também os conseguem ver.
- A prepotencia do Cole - qual Edward, qual Christian, este é tudo isso, e ainda tem ar de serial-killer.
- A rivalidade entre Cole e Justin - ok, existe uma história entre os dois, mas não podem passar 2 minutos no mesmo sítio sem desatarem ao murro? Jeeezzzz...

Pontos NIM:
- Os espiritos Zombies. Em vez dos zombies normais, que se alimentam de orgãos dos vivos, estes são espíritos maléficos, que são atraídos pelo medo, alimentam-se não dos orgãos internos, mas do bem do espírito, e não podem ser combatidos no reino mortal - os slayers têm de separar corpo e espírito, para os poderem atingir.
- Os poderes fabulásticos da Alice.
- A relação entre o Cole e a Alice - demasiado intensa para um YA
- O Justin - vira-casacas por excelência, que papel vai ter no próximo livro - expero que algo mais do quie saco de pancada do Cole.

O próximo volume tem o nome de Through the Zombie Glass, está previsto sair em 2013. Fico à espera.


Classificação: 

3 comentários:

  1. Ah, se calhar vou ler então porque não fazia ideia de que o livro fosse assim! Thanks!

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  2. Achavas que era tipo Pride and Prejudice and Zombies? Pois também eu, mas, como era um dos livros do mês dum dos meus bookclubs fui ler, e fiquei agradávelmente surpreendida.

    A narradora do audio é bastante boa.

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  3. Encontrei o te blogue através do teu perfil do GR.
    Gostei imenso desta tua crítica crítica literária.

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