Classificação: ✪✪✪✪✪
Ponto de partida: A caminho dos saldos da Black Friday, Mercy e a sua
enteada Jesse têm um acidente de automóvel causado por um súbito ataque de
pânico de Mercy.
De
volta à oficina, descobre que o pack inteiro, incluindo membros que não se
encontravam na casa de Adam, e outros cujo facto de serem lobisomens não era do
domínio público, foi raptado por aquilo que parecem ser agentes do governo.
Para ajudar à festa, o mate-bond
não está a funcionar como deveria, a única coisa que Mercy consegue perceber é
que Adam está furioso e em sofrimento.
Expectativa: Imensa. Mais recente volume da saga Mercy Thompson,
era um dos livros mais aguardados do ano. Principalmente depois do final
do Fair Game (volume #3 da saga Alpha&Omega) e das implicações que o mesmo
iriam ter no universo da Mercy.
O
que achei: Imitando o Adam Shankman: “This is Patricia Briggs’s world and I’m just
visiting”
*faz
vénia*
O
livro anterior foi talvez o que menos gostei na saga, por isso este soube
àquela prenda de natal há muito prometida e nunca entregue.
O livro está tão bom que é
difícil falar dele sem revelar demasiado. Vamos por partes para não esquecer
nenhuma:
·
As personagens: li uma opinião em que o livro se
devia chamar de “The Reunion” tal são os regressos. Temos o regresso do
Stephan, que está lentamente a voltar ao normal, se bem que ainda continua meio
sombrio. Temos a família Sandoval. Temos o Tad e o Zed (este mais afastado dado
o regresso dos fae à fairy). O Samuel continua ausente, com grande pena minha,
mas temos a Ariana, que não só não regressou às reservas, nem mesmo os Grey
Lords se atrevem a mexer no silver bourne, como é a mate do Samuel – gostei
bastante deste ponto. Temos também de volta o Coyote, sempre igual a ele mesmo
e a Marsília e o Wulfe – este continua tão enigmático como sempre e leva-me a
pensar que talvez venha a desemprenhar um papel importante em livros futuros.
Temos ainda a presença emprestada do Asil – a relação do Moor com a Mercy é
fabulosa.
A forma
como as personagens interagem umas com as outras vale 70% da qualidade do
livro. A presença do Kyle e de como o Ben o considera como pack, bem como o
Stephen matar o assaltante porque ninguém magoa as pessoas de quem ele gosta,
deixou-me bastante satisfeita.
·
O alternar do POV. Nada de mal-entendidos. Eu
adoro a Mercy. Gosto de ter os insights dela, e um livro em que ela não seja a
voz dominante provavelmente não me iria agradar. Mas ADOREI poder ver o mundo
pelos olhos do Adam. Ver a realidade dele, a responsabilidade pelo pack e as
lutas internas com o lobo foi uma jogada muito inteligente.
·
O mate-bond. Ainda não o tínhamos visto a
funcionar a 100%, mas valeu a pena a espera. E a jogada da Mercy usar a magia
do Coyote para absorver a prata do pack foi muito bem feita. Aquele Adam
deveria levar um bom par de palmadas, auto-sacrifício uma pinóia.
·
Os vários twists da história. Ao fim de 6
livros, mais 3 do spin-off, já devia estar habituada, mas não deixa de estar
bem conseguido. A posição da CANTRIP está cada vez mais tremida, e entre a
perseguição aos fae, e o ataque aos lobisomens, fazia bem em arrumar as botas.
·
O artefacto “peace and quiet” e as memórias e
emoções que trouxe ao de cima.
·
O constante aviso dum coiote a lutar contra
inimigos mais poderosos não é uma boa jogada. Eu sei que a Mercy é destemida e
luta as batalhas dela. Mas um dia a sorte dela pode acabar. Talvez devesse
prestar mais atenção.
Muito bom. Fico à espera do
próximo.
Saga: Mercy Thompson. Volume anterior: River Marked
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