sexta-feira, 22 de março de 2013

Frost Burned by Patricia Briggs


Classificação: ✪✪✪✪✪

Ponto de partida: A caminho dos saldos da Black Friday, Mercy e a sua enteada Jesse têm um acidente de automóvel causado por um súbito ataque de pânico de Mercy.

De volta à oficina, descobre que o pack inteiro, incluindo membros que não se encontravam na casa de Adam, e outros cujo facto de serem lobisomens não era do domínio público, foi raptado por aquilo que parecem ser agentes do governo.

Para ajudar à festa, o mate-bond não está a funcionar como deveria, a única coisa que Mercy consegue perceber é que Adam está furioso e em sofrimento.

Expectativa: Imensa. Mais recente volume da saga Mercy Thompson, era um dos livros mais aguardados do ano. Principalmente depois do final do Fair Game (volume #3 da saga Alpha&Omega) e das implicações que o mesmo iriam ter no universo da Mercy.

O que achei: Imitando o Adam Shankman: “This is Patricia Briggs’s world and I’m just visiting”

*faz vénia*

O livro anterior foi talvez o que menos gostei na saga, por isso este soube àquela prenda de natal há muito prometida e nunca entregue.


O livro está tão bom que é difícil falar dele sem revelar demasiado. Vamos por partes para não esquecer nenhuma:
·         As personagens: li uma opinião em que o livro se devia chamar de “The Reunion” tal são os regressos. Temos o regresso do Stephan, que está lentamente a voltar ao normal, se bem que ainda continua meio sombrio. Temos a família Sandoval. Temos o Tad e o Zed (este mais afastado dado o regresso dos fae à fairy). O Samuel continua ausente, com grande pena minha, mas temos a Ariana, que não só não regressou às reservas, nem mesmo os Grey Lords se atrevem a mexer no silver bourne, como é a mate do Samuel – gostei bastante deste ponto. Temos também de volta o Coyote, sempre igual a ele mesmo e a Marsília e o Wulfe – este continua tão enigmático como sempre e leva-me a pensar que talvez venha a desemprenhar um papel importante em livros futuros. Temos ainda a presença emprestada do Asil – a relação do Moor com a Mercy é fabulosa.

A forma como as personagens interagem umas com as outras vale 70% da qualidade do livro. A presença do Kyle e de como o Ben o considera como pack, bem como o Stephen matar o assaltante porque ninguém magoa as pessoas de quem ele gosta, deixou-me bastante satisfeita.

·         O alternar do POV. Nada de mal-entendidos. Eu adoro a Mercy. Gosto de ter os insights dela, e um livro em que ela não seja a voz dominante provavelmente não me iria agradar. Mas ADOREI poder ver o mundo pelos olhos do Adam. Ver a realidade dele, a responsabilidade pelo pack e as lutas internas com o lobo foi uma jogada muito inteligente.

·         O mate-bond. Ainda não o tínhamos visto a funcionar a 100%, mas valeu a pena a espera. E a jogada da Mercy usar a magia do Coyote para absorver a prata do pack foi muito bem feita. Aquele Adam deveria levar um bom par de palmadas, auto-sacrifício uma pinóia.

·         Os vários twists da história. Ao fim de 6 livros, mais 3 do spin-off, já devia estar habituada, mas não deixa de estar bem conseguido. A posição da CANTRIP está cada vez mais tremida, e entre a perseguição aos fae, e o ataque aos lobisomens, fazia bem em arrumar as botas.

·         O artefacto “peace and quiet” e as memórias e emoções que trouxe ao de cima.

·         O constante aviso dum coiote a lutar contra inimigos mais poderosos não é uma boa jogada. Eu sei que a Mercy é destemida e luta as batalhas dela. Mas um dia a sorte dela pode acabar. Talvez devesse prestar mais atenção.

Muito bom. Fico à espera do próximo.

Saga: Mercy Thompson. Volume anterior: River Marked

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